sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A importância da Ética na sociedade


Estamos vivendo em uma época extremamente confusa, na qual a classe dominante ainda domina a classe trabalhadora; ainda existem diversos preconceitos do homem em relação ao outro. Nesse sentido Mesquita diz: "Lamentavelmente, a televisão como meio de comunicação que atinge em maior proporção à população em todas as camadas, desponta na frente como meio que mais distorce a realidade e infiltra na população a ideologia dominante, quando ao invés disso, poderia utilizar tal poder no sentido de esclarecer, educar e conscientizar a população, almejando uma sociedade igualitária onde o branco, o negro, o rico e o pobre tenham direitos iguais" (s.d: 04). Quando falamos em ética, logo pensamos em respeito, bondade, deveres, direitos, enfim, uma série de obrigações que mostramos no nosso dia a dia; por outro lado percebemos também a presença do cinismo, a falsidade, a fofoca, etc; comportamento esses que sem duvida estão presentes em nossas vidas; seja no lado bom ou no lado mal - sempre irão existir. Freire já dizia em sua Pedagogia da Autonomia:Não é possível ao sujeito ético viver sem estar permanentemente exposto á transgressão da ética. Nesse sentido percebe-se que ninguém é perfeito, sempre estaremos sujeitos a falhas. A importância da ética hoje se dá pela necessidade, por uma questão de sobrevivência; considerando que a humanidade passa por um momento de anseio por uma vida melhor e acima de tudo digna e feliz. Podemos dizer que o tema mais ecumênico que existe atualmente é o da dignidade humana, vida com qualidade e por fim, a felicidade. No entanto percebemos que o mundo se tornou um caus, e o homem como um todo se encontra perdido em meio a tanta confusão; é o verdadeiro jogo dos interesses. A realidade moral do homem tem se tornado insignificante. Muitas famílias têm deixado a educação dos filhos para terceiros, ou muitas vezes nem isso, pois pela necessidade de trabalhar fora, exige que deixem os filhos sozinhos em casa. Segundo Castro... "A sociedade contemporânea valoriza comportamentos que praticamente excluem qualquer possibilidade de cultivo de relações éticas. É fácil verificar que o desejo obsessivo na obtenção, possessão e consumo da maior quantidade possível de bens materiais é o valor central na nova ordem estabelecida no mundo e que o prestigio social é concedido para quem consegue esses bens. O sucesso material passou a ser sinônimo de sucesso social e o êxito pessoal deve ser adquirido a qualquer custo. Prevalecem o desprezo ao tradicional, o culto a massificação e mediocridade que não ameaçam e que permitem a manipulação fácil das pessoas" (1997:61). O homem se perdeu nesse mundo de complicações e de crise de valores,ninguém respeita a ninguém é o que mais se houve dizer. Onde será que foi parar os conceitos sobre o respeito ao próximo e suas diferenças?
Assim... "O que termina por nos perturbar a mente é o falar por falar, o que nos turva o pensamento é o lixo cultural que invade nossos lares sem pedir licença, é o bombardeio da mídia sobre nosso comportamento e sobre o nosso modo de vida em família e em sociedade. Você já pensou quem educa o nosso jovem de hoje? É a televisão" (ALMEIDA, s.d:01). Contudo, logo percebemos que a sociedade em si deixou de lado o compromisso com a educação e o ensino de valores, relacionados aos direitos e deveres do cidadão -obrigação que outrora era da família, do Estado e da sociedade como um todo fazer recai sobre a escola. No entanto é relevante indagar: Será que sozinha, a escola dá conta de tamanha responsabilidade?
É relevante considerar que o corpo docente existente nas escolas também estão inseridos nessa sociedade portadora de um individualismo extremo. E se não tiverem compromisso, responsabilidade e, sobretudo uma consciência ético-profissional, todas as questões expostas aqui acabarão virando utopia. A única solução estaria em prepará-los eticamente para atuar nesse meio, ou seja, proporcionando saberes fundamentado numa prática reflexiva e ética, alicerçada na competência, responsabilidade e, sobretudo espelhada em uma esperança de um mundo melhor.